Theos Asophos
Num ato de ostentação próprio de nossa natureza erguemos o receptáculo de nossa ambrosia: dançamos e celebramos à milênios de saberes acumulados no cálice dourado da técnica e regozijamos de nossa Divindade recém adquirida. Ébrios, em busca de nossos novos prazeres e entregues a rituais inconscientes, o trepidar de nossos corpos sangra gotas do poderoso conteúdo de nossos cálices, varrendo milhões do globo em explosões cataclísmicas que atingem as nações. Umas mais, outras menos, mas em todas estão as crateras que acumulam o sangue de nossas vítimas. Carregado ao vento, o odor de suas vidas não nos deixa esquecer o preço por flertar com a técnica sem beber do cálice do divino conhecimento.
Thiago Henrique Duarte
Nilópolis, 07 de Junho de 2009
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Baseado em Fatos Surreais
Quando todos os dias eram iguais, num dos momentos em que a lucidez tentava se instalar, olhei ao meu redor como que vendo tudo pela primeira vez, a sensação de que estava sonhando era inconfundível. Quando voltei para mim em reflexão: não havia passado, o futuro era incerto e a sensação de desamparo e ausência de sentido era esmagadora. Subi em um lugar alto para confrontar o desconhecido, o mundo.Ao vazio eu Perguntei: Eu existo? Eu realmente estou aqui ? Se Deus existe, qual o propósito disto tudo ?
Eis o ser humano reduzido àquilo que o consubstancializa e singulariza perante toda a criação, eis a Coisa Pensante.
Eis o ser humano reduzido àquilo que o consubstancializa e singulariza perante toda a criação, eis a Coisa Pensante.
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